Encontrei essa reportagem no blog novos alunos, achei interessante compartilhar. É importante entendermos o ensino da língua inglesa para crianças.
http://novosalunos.com.br/por-que-oferecer-ingles-para-criancas-na-educacao-infantil/
Por que oferecer inglês
para crianças na educação infantil?
Com as fronteiras linguísticas
desaparecendo a cada dia pela facilidade de se conectar a outras culturas, o
domínio do inglês se torna
mais e mais fundamental. Por isso, investir para que seus filhos aprendam outro
idioma significa garantir a possibilidade de que expandam seu universo, proporcionando
um upgrade significativo no currículo, facilitando sua
formação em programas educacionais no exterior, além do relacionamento com
pessoas de todo o mundo.
Tudo bem já ser consenso que o
aprendizado de inglês é regra e não mais uma opção, mais aí vêm as dúvidas:
quando e como? Os questionamentos sobre quais são as melhores escolhas pipocam
a todo momento. Nesse cenário, ao mesmo tempo em que vários profissionais
recomendam o contato com a língua estrangeira já na infância, há quem insista
em colocar aquela pulga atrás da orelha dos pais.
Afinal, vale a pena expor os filhos à
língua inglesa desde a educação infantil? Já adiantamos que a resposta é um
alto e sonoro sim. Mas quer saber por quê? Pois ao longo deste post
vamos explicar os motivos que tornam essa uma boa estratégia, além
de aliviar possíveis angústias sobre o ensino de inglês para crianças.
Confira:
O que a ciência diz sobre o assunto?
Em primeiro lugar, é importante
pontuar que, mesmo que estudos científicos não tenham chegado a um consenso
sobre qual exatamente é a melhor idade para iniciar o ensino de um outro
idioma, os benefícios trazidos pela prática ao desenvolvimento cognitivo de
bebês e crianças já são mais que certos. E ainda tem mais: quanto mais cedo,
melhor. Um estudo realizado na Universidade da
Colúmbia Britânica buscou verificar como os bebês percebem a linguagem e como
essa percepção molda seu aprendizado, notando que nenéns nascidos de mães
bilíngues são capazes de registrar as diferenças entre os dois idiomas ao ouvirem
suas expressões.
Outro estudo, realizado pela Universidade de Nova
York em Toronto, mostrou que crianças bilíngues desenvolvem
habilidades que vão muito além de vocabulários dobrados, incluindo o
aprendizado de diferentes maneiras de solucionar problemas lógicos ou mesmo de
lidar com tarefas múltiplas (parte da chamada função executiva do cérebro). Em
outras palavras, crianças bilíngues desde cedo mostram um desenvolvimento
precoce da função executiva, tornando-se cognitivamente mais flexíveis que as
monolíngues.
Viu só como o aprendizado do inglês
já na educação infantil, com a abordagem correta e respeito às especificidades
de cada criança, só traz benefícios? E a ciência desmitificou até o medo de
muitos pais de que as crianças podem confundir as duas línguas. Muito pelo
contrário, elas entendem bem em quais situações comunicativas devem utilizar
cada idioma, sem atropelos.
Quais são os benefícios para bebês e crianças?
Pense assim: quando nascemos, somos
praticamente folhas em branco, certo? Em nosso contato com o mundo, com a
experiência cotidiana com outras pessoas e com a escola, é que aprendemos
regras sociais, códigos compartilhados e até mesmo o funcionamento do nosso
idioma, de modo empírico. Olhando para trás, verá que o processo de aprendizado
até finalmente dominar a língua materna se deu por meio de sua vivência desde o
primeiro instante de vida. Aos poucos, aquela folha em branco foi ganhando
termos, frases e associações com o mundo.
Agora pense no contato com duas
línguas quando ainda se é bebê ou criança. A estaca zero (ou quase zero)
facilita o aprendizado a partir do momento em que não será preciso construir
todo um mundo simbólico em português para depois traduzi-lo, mas sim construir
um mundo simbólico em que a língua estrangeira faz tanto sentido quanto o
português, sendo por isso naturalizada. Assim, crianças educadas em duas
línguas serão adultos mais confiantes, porque terão aprendido a se comunicar de
forma gradativa, lúdica e pela experiência.
Ainda não se convenceu? Então vale
ressaltarmos que uma pesquisa feita em conjunto pelas
instituições Concordia University, York University e Université de Provence
afirma que crianças bilíngues tendem a focar mais em tarefas e a desenvolver
uma atenção mais direcionada que seus colegas monolíngues. Ou seja: ter contato
com a língua inglesa desde bebê não só fará com que seus filhos adquiram
fluência no idioma, mas também que desenvolvam outras capacidades, como
criatividade e facilidade para lidar com novidades.
Como é a abordagem desse ensino?
Cada criança tem seu próprio processo
de aprendizado, com um ritmo diferente, necessitando portanto de estímulos
específicos que a impulsionem. Por esse motivo, além da faixa etária, é claro,
é preciso ter uma dose extra de sensibilidade para ensinar a língua inglesa a
bebês e crianças desde cedo, pensando no bilinguismo como um processo gradativo
e constante.
Na educação infantil, deve-se ter o
cuidado de não explorar a leitura ou a escrita de palavras em inglês, uma vez
que o período de alfabetização da criança precisa ser respeitado. Devido à
idade, a melhor abordagem consiste no ensino de inglês a partir da sonoridade
da língua, da mesma forma como fazemos com nossa língua materna: primeiramente
aprendemos a falar e a entender o que ouvimos para, depois, aprendermos a ler e
a escrever.
O ensino ideal se dá por meio de
atividades lúdicas que guardam relação com o cotidiano da criança. Por isso,
contar histórias, promover jogos e brincadeiras, dramatizar situações (com
bonecos e fantoches) e recorrer às músicas são sempre ótimas opções. Expressões
cordiais são introduzidas aos poucos e todo o processo deve levar em
consideração tanto o tempo da criança como o desenvolvimento de seu potencial
criativo. Assim, aprender inglês será tão divertido e natural que a criança
sequer perceberá que está, de fato, aprendendo! A experiência deve ser
prazerosa e as técnicas, adequadas à idade. Não faz sentido, por exemplo,
ensinar regras gramaticais a uma criança muito pequena. Mas não se preocupe,
porque, no tempo certo, ela desenvolverá esse tipo de habilidade.
E como os pais podem ajudar no processo?
Primeiramente, é preciso que os pais
tenham cuidado ao escolher a escola onde os filhos terão sua educação bilíngue ou multilingual. Os valores e a filosofia da
instituição devem estar em plena concordância com os critérios da família. E se
essa cautela já é fundamental para escolher a escola de ensino monolíngue, deve
ser redobrada para o caso de contato com mais de um idioma, pois o processo
envolve atenção à maturidade emocional e cognitiva das crianças, além de
flexibilidade.
Além do mais, é essencial que os pais
se envolvam na vida escolar dos filhos, incentivando o aprendizado do inglês
sem os sufocar com cobranças ou demonstrações excessivas de expectativas.
Reagir positivamente às manifestações da criança em língua inglesa é bom para
que ela se sinta mais segura e desinibida. Já cobrar a tradução de textos ou
testar o conhecimento dos filhos, especialmente na frente de outras pessoas,
pode ser prejudicial. É preciso que as crianças vivenciem o inglês de forma
natural, com incentivos e sem pressão. Vale a pena estimular a prática da
língua estrangeira em casa, com livros, filmes, seriados, desenhos e outros
recursos adequados à idade.